Chegando a mais um final de ano. Tempo de fazer um balanço de tudo que passou e se propor mudanças.
E então, você vai se repetir ou vai renovar?
Estudos revelam que temos em média 60.000 pensamentos por dia, dos quais 95% são repetitivos. Ou seja, será que isso não indica a tendência natural da repetição dos mesmos resultados?
Do que adianta definir novas metas, se a forma de pensar, que determina atitudes, continuar produzindo as mesmas reações?
Tenho uma longa experiência profissional do que acontece com as famosas determinações de final de ano. “Neste novo ano vou cuidar mais de mim”, “vou economizar 10% do meu salário”, “vou fazer aulas particulares de inglês”, e mais uma lista de tudo que parece tornar a vida mais significativa. Uma série de novas propostas que não acompanham uma mudança real da postura interna. Na maioria da vezes, não passam de listas feitas nos últimos dias do ano. Depois servem para fortalecer a auto-crítica por não tê-las cumprido e um acréscimo negativo na autoestima.
Antes de nos propor novas atitudes, temos que nos propor renovar nossas avaliações internas sobre nossas capacidades e habilidades para perceber e usufruir das infinitas possibilidades a nossa disposição.
A vida é de uma extensão ilimitada, mas somente iremos experimentar o que nos permitirmos. Queremos mais dinheiro, mais relacionamentos saudáveis, mais experiências gratificantes, bons negócios, corpo sarado… Mas será que realmente acreditamos que isso está a nossa disposição ou nossa real tendência é a crença na falta ou falha em termos isso tudo?
Quando me perguntam por que as coisas que desejam estão demorando para chegar, minha única resposta é que a própria pessoa está produzindo esta demora com o seu foco na falta, ausência e dificuldades. A maioria tem facilidade em revelar o que não quer mais experimentar e muito pouca fluência para expressar o que quer mais em sua vida.
A necessidade de reclamar e se queixar supera em mil vezes a capacidade de apreciar e valorizar. O foco no problema e as preocupações com os piores resultados, quando os outros não respondem na velocidade esperada é exponencialmente maior do que crença no melhor resultado. Então, o que realmente pode trazer um ano de mais satisfação, realização e produtividade, não é desenhar metas e objetivos, porque antes disso, temos que remodelar nossas projeções internas sobre nós mesmos, sobre os outros, sobre a vida e torná-las mais produtiva.
“Que vida dura… E cuidado que pode piorar!”. É uma avaliação muito comum e agora muito popularizada com o famoso jargão: “quero ver na copa”. É tanta gente pensando no pior, que estou achando que não teremos outra alternativa, já que é o que a maioria está criando mentalmente é o que iremos vivenciar coletivamente em 2014.
“Que vida boa… E pode ser melhor!”. É a minha proposta para este novo ano, que significa muito além de um desejo colocado numa lista e sim uma postura de vida de aprender a dissolver o envolvimento com os problemas e treinar a mente para encontrar soluções.
Crie o seu novo ano, de forma realmente nova, vencendo diariamente suas ideias que geram medos, dúvidas, inseguranças e sentimentos de incapacidade e isso o tornará capacitado para naturalmente utilizar todas as belas oportunidades que estão reservadas para você em 2014.
Não carregue mágoas antigas, seja atualizado para viver um ano novo;
Não julgue antes de se colocar na mesma posição para viver um ano justo;
Não brigue, cresça para viver um ano em paz;
Não reaja, aja para revelar os seus valores e viver um ano íntegro;
Não se feche, entregue-se para viver um ano mágico;
Não se perca, encontre-se para viver um ano com amor;
E assim, a vida é boa e pode ser muito melhor!
Rosalia Schwark
Psicóloga Especialista em Neurociência
Criadora do Método Movimento Perfeito